Nova - Velha Dança continua a ‘parasitar’ a actividade cultural de Santarém
O Teatro Sá da Bandeira recebe, a 6 de abril, pelas 21h30, as performances “Letting Nature Take Over Us Again” (2013) e “O que fica do que passa” (2013), com coreografia de Teresa Silva e Filipe Pereira, seguida de conversa Activação da Timeline entre os dois coreógrafos e Ana Bigotte Vieira.
Teresa Silva e Filipe Pereira, dois coreógrafos da geração de 2010, cujo trabalho se caracteriza pelo interesse em processos colaborativos que se traduz em diversas cocriações com outros artistas e com coletivos informais. Ambos frequentaram a Escola Superior de Dança e o Fórum Dança — duas instituições centrais para o ensino da dança em Portugal —, onde se cruzaram com Vera Mantero e João Fiadeiro e se encontraram dando início a uma relação de partilha pessoal e artística.
“O que fica do que passa” é o seu primeiro trabalho a dois, estreado em 2013, precedido de uma pequena colaboração em “Letting Nature Take Over Us Again”, resultado de um certo fascínio pelo cenográfico, e onde materiais, corpo, luz e som criam uma coreografia visual que rejeita a linearidade narrativa ao mesmo tempo que produz uma qualquer ficção sensorial.
Acerca das performances “Letting Nature Take Over Us Again” (2013) e “O que fica do que passa” (2013), Filipe Pereira e Teresa Silva referem que “O que fica do que passa é sempre uma sensação. Tanto evoca o lugar da memória, como se manifesta como projeção das nossas imagens e ideias no que vemos. Funciona através de um corpo de luz que se materializa; através de uma dança feita de impressões momentâneas; através de materiais que se dão a ver como seres orgânicos ou fenómenos naturais; através de uma boca que se abre lentamente e que reconfigura a cada segundo a expressão de um rosto.
A aventura aqui é só sentir. Dar-se a possibilidade de ter, por momentos, um olho que sente.”
Continua patente, no Teatro Sá da Bandeira, até dia 17 de junho, a exposição / Instalação / Investigação “Para uma Timeline a Haver - genealogias da dança enquanto prática artística em Portugal” de Ana Bigotte Vieira, João dos Santos Martins e a exposição “Dança do Existir” - Retrospetiva em imagens do trabalho coreográfico de Vera Mantero.