Município de Santarém associa-se à Rede Solidária do Medicamento
O Executivo Municipal aprovou ontem, dia 10 de abril, por unanimidade, em reunião de Câmara, a celebração de um protocolo com a Associação Dignitude, entidade responsável pelo desenvolvimento, operacionalização e gestão do Programa abem: Rede Solidária do Medicamento, com o objetivo de garantir o acesso ao medicamento em ambulatório a qualquer cidadão que se encontre numa situação de carência económica, que o impossibilite de adquirir os medicamentos comparticipados que lhe sejam prescritos por receita médica.
Os destinatários deste programa são, em geral, beneficiários de prestações sociais de solidariedade e todos os que se deparam com uma situação inesperada de carência económica, decorrente de desemprego involuntário ou de doença incapacitante, entre outras situações de carência.
O Município de Santarém vai colaborar na implementação de estratégias de mobilização da sociedade civil, para os objetivos de filantropia e de solidariedade subjacentes ao Programa abem – Rede Solidária do Medicamento, nomeadamente, através da disponibilização da sua capacidade agregadora, de envolvimento e de dinamização da sociedade civil e do tecido empresarial para prossecução de objetivos específicos, bem como através da sua promoção, divulgação e comunicação, a par dum contributo financeiro para a respetiva implementação, estipulado em 100 Euros de comparticipação solidária, por cada beneficiário identificado, registado e validado pelo Programa abem, através das suas competências e experiência na referenciação de indivíduos socialmente vulneráveis.
Este programa é o primeiro projeto de impacto nacional dinamizado pela Associação Dignitude, da qual a Cáritas Portuguesa é cofundadora e que tem como missão acabar com a discriminação no acesso ao medicamento.
Este é mais um reforço para o sucesso de um programa que vem responder a uma das mais evidentes dificuldades das famílias portuguesas, o acesso ao medicamento. É uma realidade sustentada nos números que nos dizem que 22,8% dos portugueses não compram os medicamentos que lhes são prescritos, por dificuldades económicas.
O projeto, ainda em fase-piloto, agrega os esforços dos sectores da saúde e social e deve estar presente em todos os distritos do País, até final de 2017.