Câmara de Santarém promove ações de remoção do jacinto-de-água na Foz do rio Alviela
A Câmara de Santarém vai promover ações de remoção do jacinto-de-água, na Foz do rio Alviela, em Vale Figueira, nos dias 19,20 e 22 de janeiro, das 09h30 às 16h00. Quem estiver interessado em participar, basta aparecer, na Foz do rio Alviela, em Vale de Figueira. Aconselha-se o uso de galochas, botas de pescador, luvas e roupa impermeável.
A autarquia tem acompanhado, desde junho de 2017, a evolução do problema de poluição no rio Alviela, também causada pelo Jacinto-de-água, (Eichornia crassipes), espécie exótica e invasora.
Na sequência da visita do Executivo da Câmara Municipal de Santarém, ao rio Tejo, no dia 6 de dezembro de 2017, verificou-se a propagação das massas de jacinto-de-água na Foz do rio Alviela, que determinou o contacto com a Agência Portuguesa do Ambiente – Administração da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste (APA – ARHTO) e com o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), para uma avaliação técnica pelas entidades com competência na matéria. Em resultado desta avaliação, vão realizar-se estas ações de remoção do jacinto-de-água, numa intervenção de cooperação e articulação de meios, entre a Câmara Municipal de Santarém, a União de Freguesias de Vale de Figueira e São Vicente do Paúl, a APA-ARHTO, o ICNF e os Amigos do Alviela.
O Jacinto-de-água é considerada uma das plantas invasoras aquáticas mais problemáticas em todo o Mundo. As espécies exóticas invasoras podem ter graves efeitos adversos na biodiversidade e nos serviços ecossistémicos conexos, bem como ter outros impactes sociais e económicos, que devem ser evitados. Esta espécie propaga-se, essencialmente, em canais de irrigação, lagoas, charcos, regolfos de barragens. Possui baixa tolerância à salinidade, suporta níveis elevados de nutrientes nas massas de água e possui tolerância elevada à presença de poluentes, como metais pesados. Tem uma enorme capacidade de reprodução assexuada, formando verdadeiros “tapetes” impedindo que a luz passe, o que leva à alteração dos biótopos aquáticos. Como se reproduz muito rapidamente, leva a que outras espécies autóctones sejam repelidas dos seus habitats naturais, o que constitui um problema grave, quando se formam massas contínuas na superfície das linhas de água. Estas condições impedem a entrada da luz solar e a oxigenação da água. Além das questões ambientais, estes “tapetes” impedem a navegabilidade e a pesca, e podem afetar as bombas de extração de água.
Para mais informações, contate a EMAS - Equipa Multidisciplinar de Ação para a Sustentabilidade, da Câmara Municipal de Santarém, através do e-mail: ou do telefone: 243 304 450.