CANCELADA - 2ª Ação de Remoção de jacintos de água no rio Alviela
Cancelada - Nova data a anunciar oportunamente
Tendo em consideração que não estão reunidas as condições para a realização da ação de remoção da espécie exótica infestante – jacinto-de-água no rio Alviela, agendada para dia 24 de março (sábado), junto à Ponte Romana de S. Vicente do Paúl, em virtude da zona se encontrar alagada por via da forte precipitação sentida nos últimos dias, a organização decidiu cancelar esta atividade. Oportunamente, anunciamos nova data.
A Câmara de Santarem vai promover a 2ª Ação de Remoção de jacintos de água no rio Alviela, em São Vicente do Paúl, junto da Ponte Romana, numa jornada que vai decorrer das 9h30 até às 17h30, e convida a população a colaborar nesta missão, de modo a devolver vida ao rio¸ através desta aposta que tem como objetivo a erradicação de jacinto-de-água, no rio Alviela. Aconselha-se o uso de roupa confortável, botins e luvas.
O Município de Santarém responde de forma eficiente ao problema ambiental e social recente de jacintos-de-água (Eichornia crassipes) no rio Alviela com a realização desta 2ª ação de remoção desta espécie exótica invasora.
O Município de Santarém tem executado um planeamento para agir em prol do equilíbrio dos ecossistemas ribeirinhos. A sua unidade orgânica de ambiente e sustentabilidade, EMAS – Equipa Multidisciplinar de Ação para a Sustentabilidade, organizou uma ação demonstrativa de boas práticas em janeiro, de remoção de jacinto-de-água– na foz do rio Alviela, para envolver e capacitar os cidadãos para agir no Ambiente. Esta ação foi realizada em cooperação com a Administração da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste (ARHTO), o Instituto Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), a União de Freguesias de São Vicente do Paúl e Vale de Figueira, Bombeiros Municipais e a associação local “Amigos do Alviela”.
A metodologia da ação teve como objetivo a remoção de toneladas desta espécie aquática exótica invasora da foz do rio Alviela, numa área aproximada de 2 hectares, por meio mecânico para as margens e campos agrícolas e via manual, através do desprendimento dos tapetes de jacinto-de-água, que ao serem transportados pela corrente do rio Tejo, morrem em contato com água salgada.
O Município tem vindo a desempenhar um trabalho de levantamento e monitorização desta espécie aquática invasora no rio Alviela, desde junho de 2017, que se agravou em dezembro de 2017, propagando-se em quase todo o troço do rio Alviela, desde a Ponte Romana em S. Vicente do Paúl até à foz do rio, em Vale de Figueira.
O jacinto-de-água, espécie originária da América do Sul, e que veio para Portugal como planta ornamental é considerada uma das plantas invasoras aquáticas mais problemáticas em Portugal e no Mundo, propaga-se rapidamente e forma tapetes que podem cobrir totalmente a superfície da água, levando à alteração da qualidade das condições do ambiente aquático, diminuindo a qualidade da água, a biodiversidade, a luz disponível e o fluxo de água, provocando a eutrofização.
A eutrofização é uma das principais ameaças de poluição para os recursos hídricos que resulta de enriquecimento de nutrientes provenientes das atividades agrícolas e industriais. Tal fator, leva a um crescimento rápido destas plantas em grande escala, que em condições adequadas, pode duplicar a sua população em 5 dias, provocando a escassez de oxigénio dissolvido na água. Nutrientes, fosforo e azoto, em excesso e águas calmas ou de caudal reduzido são fatores que se associam ao “boom” desta invasora.
Além da eutrofização, os tapetes de jacintos-de-água impedem a navegabilidade do rio e atividade piscatória constituindo um problema também social.
As espécies invasoras são espécies que foram transportadas do seu habitat natural para outros locais e coexistem com as espécies nativas de forma desequilibrada. Estas espécies revelam-se uma ameaça para a biodiversidade, porque interferem com as populações de espécies nativas, acabando por afetar o equilíbrio ecológico do rio.
Esta planta aquática, apesar de ser detentora de flores azuis/violetas visualmente apelativas, não pode ser cultivada nem comercializada segundo a legislação portuguesa desde 1974 e mais recentemente pelo Decreto-Lei n.º 565/99, de 21 de dezembro e pelo Regulamento UE nº 1143/2014, através do Regulamento de Execução UE nº 2016/1141.
A Câmara de Santarém está a envidar esforços propícios à criação de condições para fazer acontecer, cumprindo com o propósito de mitigar um problema ambiental de degradação do equilíbrio dos ecossistemas.
Urge desenhar, em cooperação com as entidades públicas com competências integradas em matéria de política da Água e da Conservação da biodiversidade, um Plano de controlo, monitorização, avaliação e comunicação com o objetivo de erradicar as espécies exóticas invasoras nos recursos hídricos no concelho de Santarém, de modo a elevar este Município demostrador de boas práticas pelo envolvimento dos cidadãos nas questões ambientais.
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