Auto da Barca do Inferno no Teatro Sá da Bandeira
O “Auto da Barca do Inferno!”, de Gil Vicente, foi apresentado pela Companhia de Teatro de Braga, esta terça-feira, dia 4, pelas 10 horas no Teatro Sá da Bandeira, numa sessão dirigida aos\às alunos\as e professores\as da Escola Secundária Dr. Ginestal Machado.
Durante cerca de 75 minutos, a comunidade escolar foi contemplada com a encenação de Rui Madeira, ator, encenador e diretor da Companhia de Teatro de Braga, que veio até Santarém, de onde é natural, apresentar a sua interpretação da obra de Gil Vicente, que considera ser uma “demanda da modernidade sobre o texto Vicentino e o prazer do jogo teatral. Um espetáculo sobre a nossa memória identitária”.
Inês Barroso, Vice-presidente da Câmara Municipal de Santarém, agradeceu a presença de alunos\as e professores\as, afirmando que este é um dos vários espetáculos programados pela Empresa de Cultura de Santarém, que trará a Santarém o melhor que se faz em Portugal, como é o caso da Companhia de Teatro de Braga.
André Laires, António Jorge, Carlos Feio, Jaime Soares, Rogério Boane, Sílvia Brito e Solange Sá, atores e atrizes, deram vida à obra vicentina, numa viagem introspetiva na procura de respostas para os preconceitos da nossa educação religiosa, “será que a maledicência, o orgulho, a usura, a concupiscência, a venalidade, a petulância, o fundamentalismo, a inveja, a mesquinhez, o falso moralismo cristão… têm entrada direta no Paraíso? Ou terão de passar pelo Purgatório? Ou vão diretamente para o Inferno? E a pé, de pulo ou voo? Aliás, onde fica e como designamos o Lugar onde estamos? E que paraíso buscamos? “.
No final houve um período aberto a questões para que os\as jovens espectadores\as esclarecessem algumas dúvidas, tais como: a escolha de um cenário contemporâneo para uma peça clássica, a proveniência das máscaras, ou o tempo que leva a montar o cenário e a memorizar os textos. Rui Madeira foi respondendo, de forma sábia e bem-humorada, às diversas questões, rementindo para o elenco a resposta às últimas perguntas.
Pelas 14 horas, teve lugar a segunda sessão da peça, desta vez dirigido aos\às alunos\as de Pernes e de Alcanede.
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