Comemorações do Dia de S. José começa com atribuição de nomes a 4 ruas da Cidade
As comemorações do Feriado Municipal que se celebra hoje, dia 19 de março – Dia de São José, tiveram início com a atribuição de quatro placas toponímicas: às 09h00 - Rua José Abílio Alves Martins, às 09h30 - Rua Eng. Adelino Amaro da Costa (junto ao Moinho de Fau), às 10h00 – Rua Dra. Helena Stoffel e às 10h30 – Rua Liceu Nacional de Santarém. Ricardo Gonçalves, Presidente da Câmara de Santarém, Inês Barroso, Vice-Presidente da Câmara de Santarém e Jorge Rodrigues, Vereador da Câmara de Santarém, participaram nestas cerimónias, juntamente com Carlos Marçal, Presidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém, familiares dos homenageados, nomeadamente: Teresa Martins, filha de José Abílio Alves Martins, netos e outros familiares, Pedro Mota Soares e Patrícia Fonseca, Deputados da Assembleia da República, Helena Stoffel, filhos, Maria Adélia Esteves, Diretora do Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira, Júlio Rodrigues, Presidente do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira, familiares, entidades civis, amigos, professores e alunos do então Liceu Nacional de Santarém e da atual Escola Secundária Sá da Bandeira.
José Abílio Pires Alves Martins foi um cidadão dedicado à causa pública, que se destacou pelo seu importante papel no enriquecimento da democracia e do poder local em Santarém.
Do seu percurso político destaca-se o exercício de dois mandatos como presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau Santarém, nos mandatos de 1980 a 1982 e de 1986 a 1989, foi ainda membro da Assembleia Municipal de Santarém, nesses mesmos mandatos e foi também Presidente da Assembleia de Freguesia de São Nicolau, Santarém, no mandato de 1983 a 1985.
“Como cidadão, lutou e reivindicou pelos interesses da sua terra e da região, empenhando-se de uma maneira muito especial em tudo o que fazia. Serviu Santarém com dedicação e carinho, de uma forma simples e direta, tendo exercido cargos de direção, da União Desportiva de Santarém, da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, da Associação dos Bombeiros Voluntários de Santarém, da Casa do Benfica de Santarém, da Irmandade do Santíssimo Milagre de Santarém, tesoureiro da Real Associação do Ribatejo e Cavaleiro da Ordem de São Miguel da Ala”.
O Executivo da União de Freguesias da Cidade de Santarém deliberou por unanimidade, atribuir o nome “Rua José Abílio Alves Martins, Autarca,” à Rua com início e fim na Rua Professor José Beja nas Fontainhas, pelo cidadão a todos os títulos exemplar, ética, moral e profissionalmente reconhecida, pelo que contribuiu para a valorização da cidade e da região, em todas as atividades em que se empenhou e para que o seu nome e obra sejam para sempre recordados”.
Adelino Manuel Lopes Amaro da Costa foi um político que se destacou no trabalho que desenvolveu no sector de ensino superior. Impulsionando os estudos sobre “Procura Social do Ensino Superior”, organizou um grupo de análise e investigação sistemática sobre questões do ensino pré-secundário. Mais tarde, trabalhou ativamente na reestruturação do GEPAE, de que haveria de resultar o Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Educação,
sendo nomeado seu Subdiretor, em 1973, e seu Director, em janeiro de 1974. No âmbito do Ministério da Educação, participou intensamente em numerosos estudos nos domínios do planeamento e da inovação educativa. Foi membro da representação portuguesa em numerosas reuniões do Comité de Educação da OCDE e em conferências ministeriais desta organização internacional, sobre política educativa, política científica, e política de mão de obra.
Em julho de 1974, abandonou a função pública para se dedicar à vida política. Foi membro fundador do partido do CDS-Centro Democrático Social, sendo, até fevereiro de1975, o seu Secretário-Geral. No I Congresso do Partido, foi eleito Vice-Presidente da Comissão Política do CDS, sendo reeleito no II Congresso, em junho de 1976. Em dezembro de 1978, no III Congresso do Partido, foi eleito Vice-Presidente do Partido e Presidente da sua Comissão Diretiva. Em abril de 1975, foi eleito Deputado à Assembleia Constituinte pelo círculo de Braga e, em abril de 1976, Deputado à Assembleia da República pelo círculo do Porto. De junho de 1976 a dezembro de 1978, foi líder do Grupo Parlamentar do CDS, ocupando-se, designadamente, de questões de política económica e de política geral. Em dezembro de 1979, voltou a ser reeleito como Deputado à Assembleia da República pelo círculo do Porto.
Em 6 de Outubro de 1975, idealizou e fundou o IDL-Instituto Democracia e Liberdade (tendo, após a sua morte, a denominação sido alterada para IDL-Instituto Amaro da Costa). A 3 de Janeiro de 1980, tomou posse como Ministro da Defesa Nacional, o primeiro civil a desempenhar este cargo após a revolução de 25 de Abril de 1974.
Faleceu tragicamente, em Camarate, num misterioso acidente de aviação, em 4 de dezembro de 1980, juntamente com sua mulher, Francisco Sá Carneiro, António Patrício Gouveia, Snu Abecassis e os dois pilotos do avião. Foi condecorado a título póstumo com a Medalha Militar de Ouro de Serviços Distintos, e com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Pela dimensão dos serviços prestados por Adelino Amaro da Costa ao serviço da causa pública, o Executivo da União de Freguesias da Cidade de Santarém e o Executivo da Câmara Municipal de Santarém deliberaram atribuir o nome “Rua Eng. Adelino Amaro da Costa (Político)” à rua sem nome com início na Circular Urbana D. Luís e término na Rua Moinho de Fau, no Sacapeito.
Maria Helena Domingues Ferreira Stoffel Lemos, por todos conhecida como Helena Stoffel, como é conhecida, mudou-se para Santarém em 1961 quando o marido foi transferido para o Banco Nacional Ultramarino em Santarém.
Formou-se aos 18 anos pela Escola Magistério Primário de Lisboa e lecionou em várias aldeias do distrito de Santarém desde essa idade.
Posteriormente, licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa e lecionou na Escola do Magistério Primário de Santarém, onde também foi diretora até à sua extinção.
A sua vida esteve sempre ligada à docência que utilizou de forma elevada.
No desempenho das suas funções, foi sempre uma referência pela excelência e relevância do trabalho, que desenvolveu, quer na área do ensino, quer em cargos associativos e culturais que assumiu em prol da comunidade.
Do seu percurso político destaca-se o exercício de membro da Assembleia Municipal de Santarém de 1976 a 1979, e em 1980 o de vereadora para a área da Educação, cargo que ocupou durante seis anos, nomeada pela Câmara Municipal participou em todos os atos eleitorais como membro das mesas eleitorais de 1976 a 2005 onde exerceu todos os cargos de escrutinador a presidente.
Militante do Partido Social Democrata, mulher simples, cidadã exemplar, dedicada à causa pública, destaca-se pelo seu importante papel no enriquecimento da democracia e do poder local em Santarém.
Como cidadã, lutou e reivindicou pelos interesses da sua terra e da região, empenhando-se de uma maneira muito especial em tudo o que fazia. Serviu Santarém com dedicação e carinho, de uma forma simples e direta, tendo exercido cargos de direção, a convite de Pedro Canavarro integrou a direção do Circulo Cultural de Santarém, em 1986, tendo exercido esse cargo durante 21 anos. Ainda em 1986 integrou a direção da Banda dos Bombeiros de Santarém, cargo que exerceu durante nove anos. Em 1990 integrou a Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, tendo ainda assumido funções de diretora da Casa do Professor se Santarém.
“Não só pela sua obra, recordamo-la também pela pessoa que é, uma mulher nobre na maneira de ser, de sorriso constante, a generosidade que a caracteriza, a humildade e a doçura da sua expressão realçam o seu perfil de pessoa afetuosa e geradora de consensos desprovida de vaidades e de ambições pessoais”.
A União de Freguesias da Cidade de Santarém e a Câmara de Santarém prestam assim homenagem e preito de reconhecimento a quem sempre soube defender de forma incondicional os ideais em que acredita e confirma a forma empenhada com que sempre luta por importantes causas que movem as gentes de Santarém, de forma a distinguir a mulher de cultura, a dirigente associativa e professora exemplar.
A “Rua Drª. Helena Stoffel (Autarca)” tem início na Rua de Olivença e vem novamente terminar nesta mesma rua.
A cerimónia de atribuição de nomes de rua terminou junto à Escola Secundária Sá da Bandeira, que comemorou, no dia 11 de outubro de 2018, 175 anos de inauguração do antigo Liceu Nacional de santarém, e que presentemente tem a designação de Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira. O Liceu Nacional de Santarém, atual Escola Secundária Sá da Bandeira é um marco no ensino da Cidade de Santarém,
A decisão de atribuição do nome de “Rua Liceu Nacional de Santarém” tem como objetivo perpetuar o nome desta instituição na toponímia de Santarém, tendo em conta o papel que este estabelecimento de ensino tem tido ao longo da sua existência, como marco na formação de várias gerações que se destacaram e destacam, em diversas áreas do saber, não só a nível local, como a nível nacional. Esta rua tem início na Rotunda do Rotary Clube de Santarém e termino no cruzamento de acesso à Igreja de Santa Clara, passando a designar-se “ Rua Liceu Nacional de Santarém”, deste cruzamento até à Rua Maria Inês Schaller Dias.