A vida e obra do Senhor Satie comentada ao piano por Joana Gama
Chama-se “Eu gosto muito do Senhor Satie”. É um trabalho da pianista portuguesa Joana Gama feito a pensar no público mais jovem e que explora a vida, e obra do compositor Erik Satie (1866-1925).
Este trabalho (um concerto comentado) teve lugar na tarde do dia 26 de abril, no palco do Teatro Sá da Bandeira de Santarém, numa sessão especial, para as alunas do Conservatório de Música de Santarém.
Um espetáculo marcado pela surpresa e que tem como objetivo promover a sensibilidade estética e artística, proporcionar a fruição de formatos artísticos pouco acessíveis aos mais jovens e estimular competências expressivas, e criativas, através da contemplação musical.
Ao longo de 40 minutos, para além da obra de Erik Satie, Joana Gama, contou pormenores, coisas particulares e peculiaridades da vida do compositor francês com o apoio das ilustrações de Paula Cardoso.
Como exemplo “o Senhor Satie, gostava muito de andar. Ou, pelo menos, a isso era obrigado pois não tinha alternativa: como não lhe sobrava dinheiro, fazia diariamente longas caminhadas, já que não podia pagar o comboio entre a sua casa e o centro da cidade de Paris, onde passou grande parte da vida”.
E a pianista continuou a recordar: “além de compositor de música - o piano foi o seu instrumento de eleição - o Senhor Satie gostava de guarda-chuvas, de desenhar e de marisco. Era uma pessoa solitária, mas com muito humor”.
A pianista terminou cada concerto com uma conversa informal, durante a qual as alunas do Conservatório de Santarém partilharam sensações e comentários.
“Eu gosto muito do Senhor Satie” volta amanhã, dia 27 de abril, ao palco do Teatro Sá da Bandeira, às 16 horas, com uma sessão para famílias.
Pianista e investigadora bracarense, Joana Gama, estudou no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, na Royal Academy of Music, em Londres e na ESML, em Lisboa. Como artista e performer, Joana tem-se envolvido em projetos que associam a música às áreas da dança, do teatro, do cinema e da fotografia.
Desde 2016 que dá vida às composições de Satie que tanto influenciou a vanguarda parisiense do começo do século XX. Erik Satie foi precursor de movimentos artísticos como o minimalismo, a música repetitiva e o teatro do absurdo.
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