Para Vós e NANA NANA são os próximos espectáculos do projeto Santarém Cultura
O Teatro Sá da Bandeira, amanhã, dia 6 de junho, às 15h00, e no dia 7 de junho, às 21h30, recebe Para vós, de Cláudia Andrade. Para vós é um espetáculo sobre memória. Sobre as memórias das avós e as memórias de Cláudia Andrade sobre as suas avós. É também uma homenagem às mulheres. Para vós é um solo, sem que o seja realmente. Porque, na sua interpretação, Cláudia Andrade não está completamente sozinha. Em cena estão também sete mulheres, sete avós de Santarém, que funcionam como um coro, ao jeito da tragédia clássica. As suas vozes – e as suas memórias – juntam-se à da criadora, em resultado de um processo de dois momentos de residência.
Na interpretação de Para vós, Cláudia Andrade – que assume igualmente a criação e direção artística do espetáculo – é acompanhada em cena por sete mulheres da comunidade, entre elas algumas alunas da disciplina de Teatro da UTIS – Universidade de Terceira Idade de Santarém –Ana Bela Bentinho, Ana Paula Miranda, Fátima Venceslau, Gué, Inês Cunha, Conceição Resende e Margarida Loureiro.
Para vós é, em si, uma oportunidade para as vozes que, se não falarem agora serão, talvez, esquecidas para todo sempre. Um espetáculo sobre os meandros da memória. Sobre as memórias das avós da criadora ou mais exatamente sobre a sua memória das memórias delas. Dedicado aos avós e às vozes das nossas raízes. Sobre a voz humana que é ancestral. Sobre histórias de outros tempos que não estão escritas nos livros, mas semienterradas em algum lugar recôndito da nossa memória. Sobre o que é intemporal. Sobre os mistérios do sangue.
Este é um projeto, segundo a própria criadora, “Para os meus avós. Mais especificamente sobre as minhas avós. Para todos os avós ou para todos nós, que um dia, talvez, seremos também avós. Para os avós dos meus filhos (como seria o mundo se tivéssemos crescido todos sem avós?) Para a voz. Para a minha voz. Que se lance, que se solte, e talvez em alguma primavera, floresça.”
Os ingressos têm o custo de 2€ criança e 5€ adulto, com descontos aplicáveis, e estão à venda no Teatro Sá da Bandeira, na Bol - Bilheteira Online (www.bol.pt) e nas Lojas Worten, Fnac e CTT, com lotação limitada. Mais informações através do e-mail .
Nos dias 14 e 15 de junho, às 14h00 e 16h00 respetivamente, o Teatro Sá da Bandeira, apresenta NANA NANA, um espetáculo sensorial, uma performance plástico-sonora para bebés na forma de poema vocal com novelos de lã, de Carla Galvão e Fernando Mota. A sessão do dia 14 de junho tem prioridade para o público escolar e no dia 15 para famílias com crianças dos 0 aos 5 anos.
NANA e NANA são dois tecelões do som, num pequeno grande tear onde novelos de lã se movem quase sozinhos, colocados com a ajuda de quem por ali passa, recebendo em troca cores, texturas, cheiros e histórias quentinhas que a todos embala.
A duas vozes e muitos novelos, desenrola-se o som destas voltas, sob a mestria de Fernando Mota e Carla Galvão, exímios criadores de melodias e histórias de encantar.
Rodeados por novelos-estalactites de lã, habitaremos esta tenda-universo onde socas de madeira se transformam em instrumentos musicais, espanta-espíritos afugentam o papão em cima do telhado e um comboio de madeira cruza linhas, novelos e meadas.
Dois cantadores envolvem-nos num poema sonoro e visual, uma viagem onírica ao mundo mágico da primeira infância.
Os ingressos têm o custo de 2€ criança e 5€ adulto, com descontos aplicáveis, e estão à venda no Teatro Sá da Bandeira, na Bol - Bilheteira Online (www.bol.pt) e nas Lojas Worten, Fnac e CTT, com lotação limitada. Mais informações através do e-mail .
Relembramos que a exposição Cartografia Sentimental, no Palácio Landal, está patente até 21 de setembro.
Cartografia Sentimental é um projeto expositivo híbrido, que explorará a relação das pessoas com a cidade, nomeadamente, com a zona histórica, criando tangentes a questões como a Topofilia, das cidades que se modificam todos os dias e de como transformamos espaços em lugares.
Na senda dos projeto Quase um Mapa (Paul Hardman), Guerrilha Urbana (Ricardo Correia e Rita Grade), Água, Terra, Ar (André Sier, Boris Chimp 504 e Sonoscopia), Subway Life e Desenhos Efémeros (António Jorge Gonçalves) que apresentámos no 1º trimestre, vamos expor os resultados da interação dos mesmos com o público e com as instituições, de forma a prolongar a discussão sobre “Locais Afetivos em Santarém” e “Pelo que lutarias na tua cidade?” e a desenvolver um outro olhar sobre a relação das pessoas – neste caso, habitantes de Santarém – com o passado, presente e futuro da cidade.
Este projeto expositivo que, na verdade, constitui-se de uma série de exposições que se irão modificando como resposta ao público, ao movimento e ações das pessoas na rua, aos acontecimentos que decorrerem durante o período em que estiver em exibição.
«A Santarém do Futuro é das pessoas. Para além da visão estratégica e política - que decorrerá de outros fóruns de discussão e decisão -, queremos utilizar a arte e a cultura para humanizar espaços, aumentar a participação cívica, criar cidadãos preocupados, mas sobretudo ativos na construção de pequenos muitos, que construirão um todo melhor. Queremos pensamento, mas que gere ações e assim, continuar a questionar todas e todos sobre: As formas de nos relacionarmos melhor com a nossa cidade e com a nossa região; Como podemos dar um sentido a espaços que estão em permanente construção, tornando-os lugares e não um sentimento de cidade inacabada; Ver e construir uma nova urbe, com experiências que aproximem a comunidade Scalabitana não pelos interesses semelhantes, mas pela capacidade de construir e experimentar em conjunto».
Pode visitar a exposição de segunda a sexta-feira das 9h30-12h30 e das 14h00-17h30 e aos sábados das 10h00 às 13h00, no Palácio Landal. Mais informações através do e-mail .