COMEMORAÇÕES 25 DE ABRIL | SANTARÉM
Até 13 de abril, Santarém vai receber um rol de iniciativas, inseridas no programa das comemorações da revolução de 1974 que envolvem vários espaços no concelho e na cidade.
Numa homenagem a Carlos Oliveira ou Chona, como era chamado por muitos, a organização decidiu levar o Abrilarte a 6 vilas do concelho, sendo que a primeira iniciativa tem lugar já no próximo sábado, dia 2 de abril, às 21h30, em Alcanede, com a Serenata Mariana pelo Grupo de Guitarras e Canto de Coimbra do Centro Cultural Regional de Santarém.
No dia 3 de abril, às 11h00, é feito o habitual Tributo a Salgueiro Maia junto à estátua do “Capitão de Abril” em Santarém.
A 5 de abril, o Teatro Sá da Bandeira recebe duas sessões do espetáculo “Mais Alto”, uma às 10h00 e outra às 14h30. “Mais Alto” celebra o poder da palavra e da música, partindo do cancioneiro em língua portuguesa com o objetivo de sensibilizar crianças e jovens para a ideia e a prática da democracia. Em palco, a democracia é celebrada como um encontro entre todos para construir uma sociedade melhor, um lugar de liberdade, onde há espaço para diferentes vozes e opiniões. “Mais Alto” é um concerto comentado pelos músicos e contextualizado pela escritora Isabel Minhós Martins.
O espetáculo, integrado nas Comemorações Nacionais do 25 de Abril, de entrada gratuita, tem prioridade para as escolas do concelho.
O Abrilarte chega a Amiais de Baixo, no dia 8 de abril, às 21h30, com mais uma Serenata Mariana, pelo Grupo de Guitarras e Canto de Coimbra do Centro Cultural Regional de Santarém, nas Escadarias da Igreja Matriz .
Em caso de mau tempo, a iniciativa do Abrilarte terá lugar na Casa do Povo.
Destaque para o espetáculo “4 Mãos”, no dia 9, às 21h30, no Teatro Sá da Bandeira, com o pianista Filipe Raposo e o desenhador António Jorge Gonçalves. Um concerto para piano e caneta sobre a amizade e sobre o encontro de um diálogo entre dois instrumentos distintos.
Classificação Etária M/6; Duração 01h30; Preço 10€ (verificar desconto).
O Bar do Teatro Sá da Bandeira vai servir de palco à apresentação do livro “Salgueiro Maia, Um Homem de Liberdade”, no dia 11 de abril, às 18h30.
Da autoria de António Sousa Duarte este livro serviu de base ao filme “Salgueiro Maia – O Implicado”, do realizador Sérgio Graciano.
Além do autor do livro e do seu editor António Batista Lopes vão estar presentes o vereador da Cultura do Município de Santarém, Nuno Domingos e o presidente das Comemorações Populares do 25 de Abril, Madeira Lopes.
Santarém recebe a antestreia do filme “Salgueiro Maia – O Implicado”, do realizador Sérgio Graciano. Está marcada para segunda-feira, 11 de abril, às 21 horas, no Teatro Sá da Bandeira.
O filme é uma história de ficção baseada em fatos históricos, relatos pessoais, revelações íntimas, emoções reais de quem acompanhou o capitão ao longo de toda a vida.
“Salgueiro Maia - O Implicado” tem argumento de João Lacerda Matos a partir de uma biografia de António de Sousa Duarte e no papel de Salgueiro Maia está o ator Tomás Alves. O elenco conta ainda com Filipa Areosa, Diogo Matos, Catarina Wallenstein, Dinarte Branco, José Condessa, João Nunes Monteiro e José Raposo, entre outros.
Na sinopse, lê-se que o filme conta as “pequenas revelações que permitem perceber melhor de onde vinha a moderação, a valentia, a educação e a firmeza com que sempre se apresentou publicamente, e que foram a chave para que a Revolução dos Cravos tenha sido como foi”.
Fernando Salgueiro Maia nasceu em Castelo de Vide, em 1944, fez campanhas militares em Moçambique e na Guiné-Bissau, tendo ascendido ao posto de capitão em 1971. Como delegado da Arma de Cavalaria, fez parte da Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas (MFA).
A 25 de Abril de 1974, comandou a coluna militar que, partindo da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, ocupou a Praça do Comércio e cercou o Quartel do Carmo, em Lisboa, levando à rendição do então presidente do Conselho, Marcello Caetano, e à definitiva queda da ditadura do Estado Novo.
Salgueiro Maia morreu a 3 de Abril de 1992, aos 47 anos.
A entrada para a antestreia é por convite. No entanto, serão disponibilizados alguns convites ao público em geral, uma hora antes do início da sessão, na bilheteira do Teatro Sá da Bandeira.
“Fantasia Lusitana” mais um filme em exibição no Teatro Sá da Bandeira, no dia 13 de abril, às 21h30, do realizador João Canijo.
Trata-se de um documentário dramático com imagens de arquivo e testemunhos de alguns dos milhares de refugiados que, na década de 40, durante a fuga da Europa nazi, usaram Portugal como ponto de passagem.
João Canijo faz uma análise sociológica de um país que se recusou a admitir o que se passava no resto do continente, vivendo numa espécie de fantasia e isolamento moral, como se nada lhe dissesse respeito. Integra ainda textos de Alfred Döblin, Erika Mann e Antoine de Saint-Exupéry, lidos pelas vozes dos atores Hanna Schygulla, Rudiger Vogler e Christian Patey.
Este é um documentário sobre, segundo as próprias palavras do realizador, "os dois níveis de realidade em Portugal, o mundo em guerra e a fantasia do país neutral, o mito criado por Salazar".
Classificação: M/12
Preço público geral 5€ | sócios Cineclube 2,5€ | bilhete jovem até 30 anos 1€ | bilhete jovem até 30 anos sócio cineclube entrada gratuita.
“Portugal 70 Anos Depois” é o nome da exposição patente ao público até 30 de abril, no Fórum Actor Mário Viegas do Centro Cultural Regional de Santarém, inspirada no ensaio fotográfico “Portugal 1950” de Jean Dieuzaide.
O fotógrafo francês Jean Dieuzaide percorreu Portugal Continental e a Madeira, produzindo um dos melhores testemunhos daquilo que Portugal foi no auge do Estado Novo.
O trabalho notável de Dieuzaide foi editado em 1998, com a cooperação da Galerie Municipale du Château d’Eau de Toulouse e a FNAC coorganizou a exposição que aconteceu no Centre Culturel Calouste Gulbenkian em Paris. Eduardo Lourenço escreveu o texto “Luz e Memória” que serviu de introdução ao livro, na edição de 1998.
“Portugal 70 Anos Depois” tem como ponto de partida a obra de Dieuzaide: este novo ensaio de John Gallo, obra de autor, respeita a abordagem de Dieuzaide, revisitando os locais que o fotógrafo francês elegeu para retratar Portugal há 70 anos, fazendo luz sobre o que é Portugal hoje, volvidas sete décadas.
Este ensaio é um tributo à obra de Dieuzaide, aos portugueses protagonistas na obra de Dieuzaide, que viveram um Portugal pobre, sofrido, amordaçado, sempre de sorriso no rosto. As fainas e atividades fotografadas por Dieuzaide eram a pedra basilar de uma economia rudimentar, altamente protecionista, muitas vezes a única forma de subsistência de famílias inteiras.
Setenta anos é extraordinariamente interessante compreender como é que nos mesmos locais se vive, que rostos se encontram, que paisagens urbanas surgiram, que estrutura social e económica vinga neste país de gente (ainda) sorridente.
“Portugal 70 Anos Depois” pretende igualmente promover uma discussão pública acerca da evolução do nosso país nas últimas décadas, como nos afirmamos hoje na Europa e no mundo.
Mais informações em www.johngallo.co.uk/p70.ht
Visitas de segunda a sexta-feira das 15h00 às 19h00 e ao sábado, das 10h00 às 13h00.
Aproveite igualmente no mesmo espaço (Fórum Actor Mário Viegas) para visitar até 30 de abril a exposição coletiva “Em Abril, Artistas Mil”, que reúne trabalhos de artistas da região de modo a promover a democratização e a criação cultural.
De segunda a sexta-feira, entre as 15h00 e as 19h00. Ao sábado, entre as 10h00 e as 13h00.
Consulte aqui o Programa: https://www.cm-santarem.pt/images/santarem/rpc/2022/Noticias/3_marco/programa_25_abril_low.pdf