Baleizão o Valor da Memória / Aldara Bizarro e Miguel Horta

Local: Associação Cultural e Recreativa de Abrã | Localidade: Abrã
A memória de um GELADO, o Baleizão, vendido numa cervejaria homónima de Luanda nos anos 70, é o agente desencadeador e aglutinador do espetáculo concebido e dirigido por Aldara Bizarro, que a ele simbolicamente pede o nome emprestado. Criado e interpretado a meias com Miguel Horta, Baleizão faz-se das memórias de infância convocadas pela troca de cartas, textos, desenhos e fotografias entre estes dois amigos separados e com vivências diferentes, a de Angola durante a guerra de independência e a de Lisboa, fortemente marcada pelos sinais do Barlavento Algarvio. Esta troca epistolar de recordações, que conta e partilha duas histórias de vida, é um exercício de celebração da vida e de um valor, o da memória, o subtítulo desta peça. Na infância de Aldara Bizarro, o Baleizão era usado pela mãe para cotar o valor de custo das coisas impossíveis, daquelas que não tinha possibilidade de comprar. Mas na peça, numa subtil inversão, é a memória a que se atribui um número incontável de Baleizões.
Aldara Bizarro, Maputo 1965. Estudou dança em Luanda, Lisboa, Nova Iorque e Berlim. Como intérprete trabalhou com Paula Massano, Rui Horta, Paulo Ribeiro, Francisco Camacho e Madalena Victorino.
Começou a coreografar em 1990 com a peça Me my self and influências, premiada no IV Workshop Coreográfico da Companhia de Dança de Lisboa. Desde então, assina as suas peças, que têm sido apresentadas nas melhores salas do país destacando a trilogia Love Series, Uma Bailarina, A Preguiça Ataca? Projeto Respira, Cara, O Baile e A Nova Bailarina, a última distinguida pelo jornal Público como uma das melhores peças de 2011. No último ano, criou Sombra para o CCB e a convite do Alkantara Festival, o Gráfico do Gesto. Como formadora trabalha com o Forum Dança, Escola Superior de Dança, Centro Cultural de Belém, Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural Vila Flor, ArtemRede, SMUP e outros teatros nacionais. Foi diretora artística de Jangada, uma estrutura de dança financiada pela Direção Geral das Artes durante 16 anos. Atualmente desenvolve projetos para jovens e para a comunidade, cruzando a dança com outras artes, com enfoque na componente artística, social e pedagógica.
Miguel Horta, Lisboa 1959. Pintor. A sua intervenção estende-se da mediação cultural (museus, teatros, bibliotecas públicas e escolares, bairros problemáticos, estabelecimentos prisionais, ruas e praças.) Horta é autor/ilustrador de literatura infantojuvenil (Pinok e Baleote/PNL, “Dacoli e Dacolá”/PNL e Rimas Salgadas/PNL). Escreveu a peça Retratinho de Amílcar Cabral (Teatro Mosca) e Logo à noite no lago Van (M Gulbenkian), Eisen (M. Gulbenkian) . Com Aldara Bizarro construiu o espetáculo Baleizão, o valor da memória. Contador de histórias. Participa com regularidade no movimento de narração oral. Recentemente apresentou Arribalé! (O Espaço do Tempo). Participou no Festival Mindelact e Encontro Internacional de Narração Oral de Buenos Aires. Formador na área da mediação leitora e mediação artística junto da diferença. Integrou o Projeto 10x10 (Descobrir/ F C G). Em 2012 expôs na Appleton Square. Representado em diversas coleções de arte contemporânea em Portugal e no estrangeiro. Fundador, com Maria José Vitorino, da Laredo Associação Cultural que tem desenvolvido diversos projetos de impacto sociocultural como Leituras em cadeia (F C G/Delta cafés), Oficinas Improváveis (B M Torres Vedras) ou Alto Minho a Ler (CIM- Alto Minho)
Ficha Técnica | Concepção e direcção Aldara Bizarro | Interpretação e co-criação Miguel Horta e Aldara Bizarro | Coprodução Museu do Dinheiro e Aldara Bizarro | Apoios SMUP e Câmara Municipal de Lisboa/Divisão da Cultura
Teatro | Classificação Etária M/10 | Duração: 01h05 | Preço 5 € - A bilheteira reverte a favor da Associação Cultural e Recreativa de Abrã
Mapa
Todas as datas
- 2019-06-22 21:30 - 23:00